segunda-feira, 29 de abril de 2019

Méis monoflorais - Parte 3

Mel de Limão
Nome cientifico: Citrus x Limon
Características sensoriais: Apresenta uma cor clara. 
Sabor doce com notas ácidas.
Percentagem mínima de pólen: 15%
Mel de Lotus

Nome cientifico: Lotus sp.
Características sensoriais: Apresenta uma cor muito clara. 
Sabor doce
Percentagem mínima de pólen: 45%
Mel de Medronho
Nome cientifico: Arbutus unedo
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar a âmbar escuro. 
Domina o sabor amargo, com notas salgadas, o sabor doce é secundário.
Percentagem mínima de pólen: 8%
Mel de Macieira

Nome cientifico: Malus domestica
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar claro a âmbar. 
Sabor doce com notas ácidas.
Percentagem mínima de pólen: 20%
Mel de Erva-doce
Nome cientifico: Pimpinella anisum
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar a âmbar escuro. 
Sabor doce com notas salgadas
Percentagem mínima de pólen: 45%
Mel de Nespereira

Nome cientifico: Eriobotrya japonica
Características sensoriais: Apresenta uma cor clara. 
Sabor doce, as vezes com notas amargas.
Percentagem mínima de pólen: 45%
Mel de Poejo
Nome cientifico: Mentha pulegium
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar escura, 
frequentemente com tons vermelhos. Sabor doce com notas ácidas e salgadas.
Percentagem mínima de pólen: 12%
Mel de Piorneira

Nome cientifico: Retama sphaerocarpa 
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar a âmbar escuro. 
Sabor doce com notas salgadas.
Percentagem mínima de pólen: 35%
Mel de Alecrim
Nome cientifico: Rosmarinus officinalis
Características sensoriais: Apresenta uma cor muito clara. 
Sabor doce. As vezes com notas ligeiras ácidas.
Percentagem mínima de pólen: 12%
Mel de Tomilho

Nome cientifico: Thymus sp.
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar a âmbar claro. 
Sabor doce com notas ligeiras ácidas.
Percentagem mínima de pólen: 12%
Mel de Trevo Alpino
Nome cientifico: Trifolium alpinum
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar claro. 
Sabor doce.
Percentagem mínima de pólen: 35%
Mel de Silva

Nome cientifico: Rubus sp.
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar claro a âmbar. 
Sabor doce com um claro componente ácido. 
Percentagem mínima de pólen: >45% 


A.M.

domingo, 28 de abril de 2019

Méis Monoflorais - Parte 2

Mel de Urze
Nome cientifico: Calluna vulgaris
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar clara a âmbar escuro,
frequentemente com tons vermelhos. Superfície brilhante e com ondulações 
ligeiras devido a sua viscosidade. Sabor doce com notas amargas e salgadas. 
Uma sensação gelatinosa na boca.
Percentagem mínima de pólen: 8%
Mel de Rosmaninho

Nome cientifico: Lavandula stoechas
Características sensoriais: Apresenta uma cor branca. 
Sabor doce, em alguns casos com ligeiras notas ácidas. 
Percentagem mínima de pólen: 12%
Mel de Castanho
Nome cientifico: Castanea sativa
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar a âmbar escuro. 
Sabor doce com notas salgadas.
Percentagem mínima de pólen: 75%
Mel de Soagem

Nome cientifico: Echium sp.
Características sensoriais: Apresenta uma cor branco. Sabor doce
Percentagem mínima de pólen: 45%
Mel de Coentros
Nome cientifico: Coriandrum sativum
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar clara a âmbar. 
Sabor doce
Percentagem mínima de pólen: 20%
Mel de Colza

Nome cientifico: Brassica napus
Características sensoriais: Apresenta uma cor muito clara, branca. Sabor doce
Percentagem mínima de pólen: 45%
Mel de Esparceta
Nome cientifico: Onobrychis sativa
Características sensoriais: Apresenta uma cor muito clara. Sabor doce
Percentagem mínima de pólen: 45%
Mel de Alfazema

Nome cientifico: Lavandula latifolia 
Características sensoriais: Apresenta uma cor branca a âmbar. 
Sabor doce com notas ácidas.
Percentagem mínima de pólen: 10%
Mel de Eucalipto
Nome cientifico: Eucalipto camaldulensis, Eucalipto glóbulos
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar claro. 
Sabor doce com notas ligeiras ácidas.
Percentagem mínima de pólen: 70%
Mel de Girasol 

Nome cientifico: Helianthus annuus
Características sensoriais: Apresenta uma cor muito clara a âmbar. 
Sabor doce, sensação de irritação da mucosa no inicio da garganta.
Percentagem mínima de pólen: 45%


A.M.

sábado, 27 de abril de 2019

Méis Monoflorais - Parte 1

Hoje vamos falar de mel monoflorais. Antes de mais, vamos lá esclarecer o que são méis monoflorais.  

Um mel para ser considerado monofloral deve possuir pelo menos 45% desse pólen, embora tenhamos que atender ao tipo floral. O mel para ser considerado monofloral deve ser analisado através de:
  • Análises polínicas
  • Análises físico-químicas
  • Análises sensoriais. 

Vamos dar a conhecer alguns méis monoflorais da Península Ibérica. Colocaremos as características sensoriais, o nome cientifico da planta e a percentagem mínima de pólen. 

Para que não seja uma leitura muito extensa, dividimos em várias partes. 

Mel de Acácia
Nome cientifico: Robinia pseudoacacia
Características sensoriais: Apresenta uma cor muito clara. Na boca tem uma sensação doce. 
Percentagem mínima de pólen: 20%

Mel de Abacate
Nome cientifico: Persea americana
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar muito escura, quase negro.
Na boca tem uma sensação doce com notas salgadas. 
Percentagem mínima de pólen: 25%

Mel de Segurelha
Nome cientifico: Satureja sp.
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar clara.
Na boca tem uma sensação doce com um componente doce.
Percentagem mínima de pólen: 12%

Mel de Albaide
Nome cientifico: Anthyllis cytisoides
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar muito clara.
Sabor doce.
Percentagem mínima de pólen: 45%

Mel de Luzerna
Nome cientifico: Medicago sativa
Características sensoriais: Apresenta uma cor muito clara.
Sabor doce. 
Percentagem mínima de pólen: 45%

Mel de Alfarrobeira
Nome cientifico: Ceratonia siliqua
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar.
Na boca tem uma sensação doce as vezes com ligeiras
notas salgadas ou amargas. Sensação de paladar áspero.
Percentagem mínima de pólen: 37%

Mel de Algodão
Nome cientifico: Gossypium hirsutum
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar muito clara.
Sabor doce.
Percentagem mínima de pólen: 45%

Mel de Amendoeira
Nome cientifico: Prunus dulcis
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar muito clara.
Tem um sabor doce, as vezes com notas amargas.
Percentagem mínima de pólen: 35%

Mel de Azahar
Nome cientifico: Citrus sp.
Características sensoriais:  Apresenta uma cor clara.
Sabor doce, com um claro componente ácido.
Percentagem mínima de pólen: 15%

Mel de Brezos
Nome cientifico: Erica sp.
Características sensoriais: Apresenta uma cor âmbar clara,
as vezes com tons vermelhos.
Percentagem mínima de pólen: 38%


A.M.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Apitoxina

Resolvemos dar a conhecer este artigo que fala da importância farmacológica da apitoxina. A apitoxina é o nome dado ao veneno de abelha. Como se trata de um artigo extenso resolvemos selecionar algumas partes do mesmo para que possa conhecer melhor este produto. Convidamos a todos que leiam o artigo original disponível na internet. (Dantas, C. G., Nunes, T.L.G.M., Nunes,T.L.G.M., Gomes, M.Z., Gramacho, K.P.; 2013; Apitoxina: coleta, composição química, propriedades biológicas e atividades terapêuticas; Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais; 4; 2; 127-150).

Queremos também deixar o alerta para que não utilize a apitoxina sem consultar um profissional. Este produto mesmo sendo um produto de excelência também pode ser mortal para quem for alérgico. A apitoxina pode desencadear reações alérgicas demasiado severas. Por isso tenha cuidado. 


Introdução

A apitoxina é o veneno produzido pelas abelhas Apis mellifera com objetivo de proteger a colônia contra a extensa variedade de predadores, que incluem desde outros artrópodes a vertebrados. Dentre os compostos naturais bioativos que constituem a apitoxina, como apamina histamina, hialuronidase, catecolaminas (inclusive a dopamina) e serotonina, destacam-se a melitina e a fosfolipase A2, que constituem os principais componentes do veneno.
A terapia com veneno de abelhas tem sido utilizada na medicina tradicional chinesa, bem como na antiga Grécia e Egito, há milhares de anos, para o tratamento da artrite, reumatismo e outras doenças auto imunes, bem como contra o câncer, doenças de pele, dor e infecções. Segundo Chen e Lariviere (2010), a composição da apitoxina desperta o interesse da comunidade científica desde o século XIX e na década de 80 já estimava-se a importância deste possível agente terapêutico na medicina ocidental.

A terapia com o veneno de abelhas é relatada como eficaz também no tratamento de determinadas enfermidades, possivelmente em virtude de suas propriedades anti-inflamatória, anti-nociceptiva, anti-aterogênica, cicatrizante, hepatoprotetora e neuroprotetora. De modo que, este estudo visa sistematizar o conhecimento acerca da composição química da apitoxina, os métodos de coleta, propriedades biológicas e algumas de suas possíveis aplicações terapêuticas.

Composição Química da Apitoxina

Dentre os componentes da apitoxina destacam-se a melitina e a fosfolipase A2, que constituem os principais componentes do veneno, representando juntas cerca de 75% do seu peso seco. A melitina tem pH altamente básico, e constitui um tipo de peptídeo anfipático, hidrossolúvel, que consiste de 26 aminoácidos com 6 cargas positivas. Os quatro resíduos de aminoácidos com cargas positivas e 6 resíduos de aminoácidos com hidrofilia são localizados no fim carboxi-terminal, enquanto os 2 resíduos de aminoácidos com cargas positivas e 20 resíduos de aminoácidos com hidrofobia são situados no fim aminoterminal. De acordo com a literatura, a melitina apresenta intensa atividade hemolítica e importante ação antiinflamatória, antibacteriana e antifúngica, e apresenta ainda ação antitumoral.

Em contrapartida está a fosfolipase A2, enzima de natureza glicoprotéica que catalisa a hidrólise de fosfolipídios presentes nas membranas plasmáticas celulares e desencadeia fenómenos bioquímicos em cascata, que convergem para o aparecimento de reações inflamatórias. É um dos principais componentes imunogênicos do veneno de apis mellifera e pode contribuir para a toxicidade generalizada no envenenamento, por uma interação com a melitina.

A apamina, menor neurotoxina do veneno de abelha, equivale a 1 a 3% do peso seco do veneno, e consiste em um peptídeo alcalino, polar, de 18 aminoácidos que contém 4 cisteínas com duas ligações dissulfeto (Cis1-Cis1 e Cis3-Cis15). Estima-se que este composto atue bloqueando o canal de potássio ativado por cálcio, que medeia a longa duração após hiperpolarização em várias células e tenha ainda efeito citotóxico e no nervo nociceptivo. Adicionalmente, estudo recente identificou que a apamina apresenta efeito protetor contra lesões ateroscleróticas, reduzindo significativamente a expressão de molécula de adesão celular vascular-1, molécula de adesão intercelular-1 e fibronectina na aorta descendente de ratos ateroscleróticos.

Compõem também a apitoxina: histamina, hialuronidase, catecolaminas (inclusive a dopamina) e serotonina. Adicionalmente, a composição do veneno pode variar em função da sazonalidade e entre regiões geográficas.

Ação Biológica da Apitoxina e dos Principais Componentes

No que se refere a sua ação biológica, a introdução da apitoxina nos tecidos celulares desencadeia uma série de reações biológicas na membrana, que variam de acordo com a diversidade bioquímica de seus constituintes. Elementos como fosfolipase A2, melitina, hialorunidase, apamina e peptídeo degranulador de mastócitos (MCD) interagem com a membrana celular ocasionando importantes reações locais e sistêmicas no organismo atingido.

Fisiologicamente, interstícios celulares são preenchidos por ácido hialurônico, um biopolímero que possui propriedades adesivas. A hialorunidase, enzima que corresponde a 1,5- 2% do peso seco da apitoxina, em contato com a célula, quebra as moléculas de ácido hialurônico em pequenos fragmentos, formando uma solução intercelular menos viscosa que facilita a penetração de outros componentes do veneno. Por esta razão, a hialorunidase é freqüentemente denominada fator de difusão da apitoxina.

Em seguida, a fosfolipase A2, enzima hidrolisadora de fosfolipídios da membrana plasmática, gera moléculas tipo detergente e provoca a formação de poros transmembrânicos. Estes poros permitem o extravazamento de nutrientes e conseqüente lise nas células, alterando a conformação das cadeias celulares.

Com a hidrólise de fosfolipídios, ocorre também a liberação de ácido araquidônico, dando início ao ciclo metabólico desse ácido graxo essencial, que começa pelo processo de ativação das enzimas cicloxigenase (COX) e lipoxigenase. Estas enzimas são responsáveis pela conversão do ácido araquidônico em prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos, importantes mediadores químicos da inflamação.

Entretanto, dentre os componentes da apitoxina destaca-se a melitina, peptídeo que representa cerca de 50% do peso seco do veneno e possui várias ações biológicas, farmacológicas e toxicológicas, incluindo forte atividade na superfície de membranas lipídicas celulares atuando de forma hemolisadora. A melitina pode ligar-se em milissegundos a membranas lipídicas, adotando a conformação α-helicoidal anfipática paralela ou perpendicular ao plano da membrana. A configuração paralela é inativa, enquanto a perpendicular é embutida na membrana e necessária para a formação de poros. Deste modo, a superfície hidrofóbica da melitina liga-se a membrana causando seu enfraquecimento e conseqüente afinamento e destruição celular, causando a formação de poros, fusão e vesiculação. Adicionalmente, ao interromper as membranas celulares, a melitina libera aminas biogênicas e potássio, é responsável também pela liberação de histaminas e é considerado o agente responsável pelo mecanismo de dor local.

Em estudo anterior, foi identificado que a apitoxina e a melitina possuem potente efeito supressor sobre respostas pró-inflamatórias. A apitoxina exerceu efeito antiinflamatório por suprimir a transcrição gênica da cicloxigenase e citocinas pró-inflamatórias, tais como a interleucina (IL)-1β, IL-6 e fator de necrose tumoral (TNF)-α. Segundo estudos, o veneno de abelhas também atua sobre o processo anti-inflamatório por meio da inibição da expressão de COX-2 e do bloqueio de citocinas pró-inflamatórias. Igualmente, a adolapina, peptídeo que compõe o peso seco do veneno, inibe a síntese de prostaglandinas por meio da inibição da atividade da ciclooxigenase.

Uma vez difundido no tecido celular, outros componentes de importante relevância do veneno de abelhas Apis mellifera, também passam interagir, como a apamina, um peptídeo que apresenta um modo de ação altamente específico devido a forte influência sobre as membranas pós-sinápticas do sistema nervoso central e periférico. Em doses muito pequenas estimula o SNC e em doses elevados torna-se neurotóxico. Com 10 aminoácidos, a apamina impede a despolarização e bloqueia os canais de potássio ativados por Ca2+ na membrana, impedindo a ação fisiológica da adrenalina de abrir este canal.

Com estrutura similar a apamina, o peptídeo MCD é constituído de 22 resíduos de aminoácidos e difere-se da melitina por apresentar 2 pontes dissulfídicas. Segundo Dotimas e Hider (1987) e Fitzgerald e Flood (2006), o peptídeo MCD é capaz de degranular mastócitos mesmo em baixas concentrações. A atividade anti-inflamatória da apitoxina também decorre da ação deste componente, que bloqueia o ácido araquidônico e ainda é responsável pela maior liberação de histamina para o sangue, mediante doses baixas.

Potencial Farmacológico da Apitoxina

A revisão da apitoxina apresentou o extenso potencial farmacológico desta substância. A presença de substâncias bioativas como melitina, fosfolipase Ae apamina possivelmente é a chave para a sua eficiência terapêutica. Breves relatos de sua eficácia biológica para usos terapêuticos estão descritos abaixo.

Atividade Antiinflamatória

A inflamação consiste em uma complexa resposta biológica vascular e tecidual a estímulos nocivos provenientes de patógenos, injúrias celulares ou irritantes externos. A terapia com apitoxina tem sido relatada como eficaz no tratamento de algumas enfermidades, possivelmente em virtude de suas propriedades antiinflamatórias, principalmente sobre as doenças reumáticas. Um exemplo é a artrite reumatóide, doença inflamatória autoimune, onde estudos relataram que houve diminuição da expressão de COX-2 e fosfolipase Ae dos níveis de fator de necrose tumoral (TNF)-α, interleucina (IL)-1, IL-6, óxido nítrico (NO) e espécies reativas de oxigênio (ERO) em virtude das propriedades do veneno.

Em estudo anterior foi identificado que a apitoxina e a melitina possuem potente efeito supressor sobre respostas pró-inflamatórias. A apitoxina exerceu efeito antiinflamatório por suprimir a transcrição gênica da cicloxigenase e citocinas pró-inflamatórias, tais como a IL-1β, IL-6 e TNF-α. Adicionalmente, foi identificado que o veneno de abelhas atua sobre o processo anti-inflamatório por meio da inibição da expressão de COX-2 e do bloqueio de citocinas pró-inflamatórias. Igualmente, a adolapina, peptídeo que compõe o peso seco do veneno, inibe a síntese de prostaglandinas por meio da inibição da atividade da ciclooxigenase.

Neste sentido, é importante salientar pesquisas recentes, onde o tratamento com veneno de abelhas ou seus compostos isolados apresentaram resultados favoráveis inclusive diante de condições ateroscleróticas, doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de ateromas nos vasos sanguíneos. Administrado via intraperitoneal, a apitoxina reduziu a formação de placas ateroscleróticas e o nível de lipídios séricos em camundongos. O tratamento com a apitoxina diminuiu também o colesterol total e o teor de triglicérides, enquanto aumentava o colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-C) nos animais com aterosclerose experimental. 

A melitina também tem sido utilizada no tratamento de doenças inflamatórias crônicas. Na administração isolada deste peptídeo em modelo animal de aterosclerose, também houve redução dos níveis de colesterol e triglicérides totais e elevação dos índices de HDL-C. Em análise histológica a melitina recuperou significativamente o coração e aorta descendente e em análise bioquímica reduziu os níveis de expressão de TNF-α, IL-1β, VCAM-1, ICAM-, fibronectina e fator de crescimento transformante (TGF)-β1 em camundongos ateroscleróticas.

Estes resultados evidenciam que o efeito antiaterogênico da melitina por supressão de citocinas pró-inflamatórias e moléculas de adesão. Adicionalmente, a administração isolada da apamina também demonstrou propriedades antiinflamatórias em estudo experimental com redução da expressão do TNF-α, molécula de adesão celular vascular (VCAM)-1 e molécula de adesão intercelular (ICAM)-1, bem como a via de fator nuclear kappa B (NF-κB), demonstrando potencial atividade preventiva mediante condições ateroscleróticas.

Atividade Anti-Nociceptiva

Segundo a International Association for the Study of Pain (IASP) dor é definida como uma “experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano tissular real ou potencial ou descrita em termos de tal dano”. Já nocicepção pode ser caracterizada pela capacidade perceptiva que alguns organismos vivos possuem de captar estímulos nocivos mediante ativação de nociceptores que enviam estímulos ao sistema nervoso central (SNC).

Neste sentido, estudos em modelos experimentais estão sendo realizados com a finalidade de avaliar a atividade antinociceptiva do veneno de abelha. Algumas pesquisas analisam a ação da apitoxina em processos de inflamação crônica como a artrite reumatóide e osteoartrite, pois, nestes casos, o processo inflamatório gerado em longo prazo potencializa a dor e gera hiperalgesia, ou seja, estímulo excessivo dos nociceptores. A ação antinociceptiva da apitoxina está relacionada à inibição da COX-2, enzima que participa da síntese dos mediadores químicos da inflamação, por conseguinte favorece a diminuição da produção de citocinas e óxido nítrico, que, finalmente reduz a sensação de dor, sendo este último considerado um dos sinais cardinais do processo inflamatório.

Pesquisas científicas feitas com o veneno da abelha apontam um importante efeito analgésico também em virtude da presença de outro componente do veneno, a adolapina, um peptídeo presente na apitoxina e atua de forma semelhante aos AINES, pois ambos apresentam funções antiinflamatória, analgésica e antipirética. A ação analgésica da adolapina foi descrita por Shkenderov e Koburova (1982), responsáveis por isolar esse componente do veneno da abelha. Sua ação analgésica e antiinflamatória é decorrente do bloqueio da COX, o qual inibe a produção de prostaglandina. A adolapina inibe ainda a ação da fosfolipase A2, bem como as lipoxigenases. O uso isolado de um dos compostos majoritários da apitoxina, a melitina, sobre respostas inflamatórias e nociceptivas em humanos, indicou forte sensação de dor imediatamente após a injeção intradérmica desta substância (5 μg em 50 μl de solução salina), contudo, a dor diminuiu gradualmente e desapareceu 3 minutos após a injeção. Segundo o estudo, não houve coceira ou sensação de queimação após a estimulação com melitina, sugerindo que uma quantidade de histamina significativa pode não ter sido liberada e que os nociceptores térmicos podem não ter sido ativados por esta dose de melitina. Entretanto, a melitina produziu um rubor ao redor de uma pápula no local de injeção que desapareceu em 2h.

Essa resposta inflamatória local também foi caracterizada pelo aumento na temperatura da pele. A administração de lidocaína em gel tópica bloqueou marcadamente o rubor induzido pela melitina e o aumento da temperatura cutânea, mas não a sensação de dor, sugerindo que a resposta inflamatória local induzida pela melitina é neurogênica e mediada por reflexo axonal e regulação simpática. Os efeitos algogênicos de doses maiores de melitina (10 μg e 50 μg) também foram observados. O pico de intensidade da dor induzida pela melitina foi semelhante aos estudos anteriores, contudo, a duração da sensação de dor foi maior, durando 15 minutos com a maior dose utilizada, sugerindo um aumento relacionado a dose na duração da sensação de dor mediante doses crescentes de melitina.

Atividade Cicatrizante

A apiterapia com o veneno de abelha ou com o seu principal componente, melitina, tem apresentado também importante ação cicatrizante. Em estudo realizado por Han et al. (2011), camundongos que receberam apitoxina no local da ferida apresentaram acelerado processo de contração e re-epitelização tecidual, aumento da produção de colágeno e redução do tamanho da ferida, além de aumento da expressão do TGF-β1, fibronectina, fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e colágeno I na área de cura da ferida por meio da coloração de imunohistoquímica. Em modelo experimental de fibrose hepática para avaliar a atividade biológica da melitina, houve redução do processo inflamatório e a fibrogênese, sugerindo possível efeito antifibrótico deste composto.

Adicionalmente, em estudo recente in vitro o veneno de abelhas estimulou a proliferação e migração de queratinócitos epidérmicos humanos e reduziu os níveis de expressão de TNF-α nestas células, além de diminuir a produção de IL-8. Quando aliado a outras substâncias para formar hidrogéis, o veneno apresentou excelentes resultados. Deste modo, o veneno de abelhas e a melitina isolada configuram-se como possíveis substâncias com aplicação tópica capazes de acelerar a cicatrização de feridas por processo de regeneração celular, com possibilidade de aplicação no tratamento de cicatrizes e queimaduras.

Atividade Antitumoral

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 11 milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer a cada ano e estima-se, que até 2020 haverá 16 milhões de novos casos por ano. Entretanto, apesar dos avanços no uso de novas tecnologias e das melhorias nas abordagens terapêuticas para o tratamento da doença, ainda persistem as dificuldades inerentes ao tratamento de tumores agressivos e ou metastáticos, resultando em morbidez e mortalidade.

A apitoxina tem sido alvo de estudo para tratamento de tumores em virtude dos diversos componentes que apresenta e das propriedades biológicas por ela desempenhada. Estudos apontam resultados positivos do veneno de abelhas quando utilizada no tratamento de vários tipos de câncer, entre eles os cânceres de ovário bexiga, fígado, mama, próstata e pulmão. Segundo a pesquisa, a destruição das células cancerígenas ocorre principalmente pela ação dos componentes melitina, fosfolipase Ae apamina, elementos que agem contra as células tumorais.

O mecanismo de ação da apitoxina sobre células cancerígenas envolve uma série de eventos bioquímicos que ainda são discutidos por pesquisadores. 

Estudos recentes relataram vários efeitos do veneno de abelha como a indução de apoptose e necrose e efeitos na proliferação, citotoxicidade e inibição do crescimento em diferentes tipos de células cancerosas. Pesquisas apontam que a melitina isolada pode induzir a parada do ciclo celular e inibir o crescimento e apoptose em várias células tumorais.

Adicionalmente, foi demonstrado que a melitina é um dos inibidores mais potentes da atividade de calmodulina e inibidor potente do crescimento celular e clonogenicidade. As drogas que inibem a atividade da calmodulina mostraram inibir a síntese do DNA na linhagem de glioblastoma e inibir o crescimento de células ovarianas em estudo experimental.

Atividade Neuroprotetora

A exploração da apitoxina no meio científico tem evidenciado diversas propriedades deste produto. No que se refere a sua ação no Sistema Nervoso Central (SNC), estudos tem apontado potencial efeito neuroprotetor do veneno de abelhas sobre determinadas doenças como a esclerose múltipla (EM), a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson.

Alguns ensaios clínicos sugeriram que a apitoxina pode ser empregada no tratamento de doenças neurodegenerativas, como a esclerose múltipla, considerada uma doença crônica, auto-imune e progressiva. A etiologia desta enfermidade é desconhecida, mas apresenta a susceptibilidade individual como um dos possíveis fatores desencadeantes. Na esclerose múltipla, uma deficiência no sistema imunológico do indivíduo faz com que ele desenvolva anticorpos capazes de agredir a mielina do SNC, deste modo, o déficit funcional decorre das anormalidades de condução. 

Em ambos estudos, os autores sugerem pesquisas adicionais, para ratificar o mecanismo positivo de ação da apitoxina sobre a fisiopatologia da doença e chamam atenção para os possíveis riscos de reações alérgicas ao veneno. Adicionalmente, o tratamento com o veneno de abelhas para Encefalomielite alérgica experimental (EAE), modelo animal amplamente aceito para estudo da esclerose múltipla, apresentou redução dos sintomas da doença e das alterações patológicas, com diminuição da infiltração de células inflamatórias e da desmielinização no SNC. Pesquisas contemporâneas demonstraram que a administração de apitoxina, e do seu principal componente, melitina, na fase de progressão da ELA também gerou resultados importantes. A neuroinflamação é uma característica patológica presente em pacientes com ELA. Como mediadores críticos da inflamação, a micróglia ativada e níveis elevados do TNF-α são detectados no SNC e a doença caracteriza-se pela degeneração de neurônios motores superiores e inferiores do córtex motor, tronco encefálico e coluna espinhal, cujos principais sintomas consistem em fraqueza muscular, atrofia, espasticidade e paralisia de músculos voluntários.

Estima-se que a excitotoxicidade por glutamato esteja envolvida na etiologia desta doença, e segundo Lee et al. (2012), a apitoxina diminui esta toxicidade mediante doenças neurodegenerativas, reduzindo a morte neuronal. Neste contexto, Yang et al. (2010) identificaram que a injeção subcutânea de 0,1 μg/ g do veneno de abelha em camundongos transgênicos na fase sintomática de progressão da doença, gerou aumento de 18% na taxa de sobrevivência destes animais em comparação ao grupo controle e provocou aumento da atividade motora, devido ao efeito neuroprotetor fornecido pelos níveis reduzidos de citocinas, indicando que a apitoxina agiu terapeuticamente contra o início da disfunção motora e contra a progressão da ELA nestes animais. Ainda neste estudo, os autores concluíram que o tratamento com apitoxina reduziu a ativação das células microgliais, suprimiu a neuroinflamação induzida pela morte de neurônios motores e impediu a ruptura mitocondrial.

Por conseguinte, com o objetivo de determinar se somente a melitina poderia suprimir a perda de neurônios motores e a configuração anormal de proteínas em modelos animais de ELA, Yang et al. (2011), injetaram 0,1 μg/ g deste peptídeo, via subcutânea, em camundongos transgênicos e como resultado evidenciaram que, apesar de não aumentar o tempo de vida das cobaias, a melitina foi suficiente para melhorar a atividade motora destes animais, retardou os sintomas patológicos em uma semana e reduziu eventos neuroinflamatórios no tronco encefálico e coluna espinhal, além de restaurar um aumento de 50% na atividade proteossoma no tronco encefálico e 40% de aumento na coluna lombar. Estes resultados sugerem uma potencial ligação. funcional entre a melitina e a inibição da neuroinflamação em modelo animal de ELA, comimplicações importantes para o tratamento de outras doenças no SNC.

Outra enfermidade neurológica abordada recentemente é a DP. Em pesquisa realizada por Alvarez-Fischer et al. (2013), autores identificaram que a dose de 120 μg/Kg apitoxina protegeu contra a perda de células dopaminérgicas induzida por 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina (MPTP) e aumentaram o nível de dopamina no estriado. Em concordância, no estudo de Chung et  al. (2012), a apitoxina promoveu a sobrevivência de neurônios dopaminérgicos (DA) também em modelo de Parkinson induzido por MPTP.

Adicionalmente, em modelo animal da doença induzido por esta mesma neurotoxina, Kim et al. (2011b), evidenciaram que a injeção subcutânea com 1,2 mg/Kg de apitoxina pode atenuar a ativação da resposta da micróglia, atuando com possível efeito neuroprotetor nesta doença. Neste estudo, camundongos tratados com apitoxina apresentaram melhora nas percentagens de sobrevivência das células TH + para 70% no 1º dia e 78% no 3º dia, em comparação com camundongos normais. A apitoxina também resultou na redução da expressão de marcadores de inflamação do antígeno de macrófagos complexo-1 (MAC-1) e sintase de óxido nítrico induzida (iNOS) na substância negra compacta, sugerindo potencial inibição de eventos neuroinflamatórios induzidos por MPTP.

Estima-se que o possível mecanismo pelo qual a apitoxina reduziu a perda celular dopaminérgica, decorre de interações com vias de citocinas pró-inflamatórias. Do mesmo modo, Park et al. (2004) e Son et al. (2007), demonstraram que a apitoxina inibe a expressão de genes. inflamatórios como a ciclooxigenase-2 e também a geração do TNF-α, IL-1, IL-6, sintase de óxido nítrico induzida (iNOS) e ERO mediante condições inflamatórias. O veneno de abelha também foi evidenciado como um possível método preventivo potencial para a DP por meio da acupuntura, de acordo com Doo et al. (2010). Após duas semanas de tratamento com injeções subcutâneas com 0,02 mL de apitoxina, os camundongos foram intoxicados com 20 mg/ Kg, via intra peritoneal, de MPTP. O estudo evidenciou que a acupuntura com apitoxina previne a perda de neurônios dopaminérgicos e fibras dopaminérgicas estriatais induzidas pelo MPTP em modelo agudo de Parkinson experimental. Mostrou também que a acupuntura com veneno de abelha pode diminuir as células fosfo-Jun-imunorreativas induzidas por MPTP na substância negra, protegendo neurônios dopaminérgicos da toxicidade por MPTP e melhorando a disfunção comportamental, configurando-se como um método preventivo potencial para a DP.

Nesta perspectiva, Cho et al. (2012) realizaram estudo piloto em humanos associando a apitoxina com a acupuntura a fim de explorar a eficácia desta técnica, isolada e com veneno de abelhas, como terapia adjuvante para doença de Parkinson idiopática. Todos os 43 adultos envolvidos na pesquisa haviam feito uso de medicamento antiparkinsoniano por pelo menos um mês. Como resultado, o grupo tratado com acupuntura com veneno de abelhas mostrou melhora significativa na pontuação total da Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson. (UPDRS), bem como nos quesitos de atividades de vida diária e exame motor, e na escala de equilíbrio de Berg, enquanto os participantes que receberam apenas o tratamento com acupuntura isolada apresentaram melhoras significativas na pontuação total da UPDRS com ênfase somente no quesito exame motora e na escala de depressão de Beck, enquanto os controles não apresentaram nenhuma mudança significativa após as oito semanas de tratamento. Assim, observa-se que a acupuntura e a acupuntura com veneno de abelhas mostraram resultados promissores como terapias adjuvantes para a doença de Parkinson, com destaque para o segundo grupo.

Conclusões

Deste modo, é possível notar a efetividade da apitoxina como um potente recurso para o tratamento de diversas enfermidades, sobretudo as que acometem o SNC, desempenhando possível efeito neuroprotetor. Por fim, as vastas propriedades biológicas da apitoxina, e de seus principais componentes, fazem deste, um importante produto apícola com largo potencial de aplicabilidade terapêutica.


Referência: Dantas, C. G., Nunes, T.L.G.M., Nunes,T.L.G.M., Gomes, M.Z., Gramacho, K.P.; 2013; Apitoxina: coleta, composição química, propriedades biológicas e atividades terapêuticas; Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais; 4; 2; 127-150

A.M.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Confraria do Queijo S. Jorge - Açores


A Confraria do Mel esteve presente na ilha de S. Jorge nos Açores junto com a Confraria do Queijo S. Jorge. Foi no 23 de abril que se realizou o Capítulo desta confraria. 

Com uma viagem até à ilha S. Jorge houve também tempo para um passeio e aproveitar as paisagens desta bela ilha.


 






O nosso Confrade Paulo Russo marcou presença e representou a nossa Confraria. 

Uns dias bem passados junto com outras confrarias e com os bons amigos. 


A.M.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Bolo de Mel e café

Ingredientes:

  • 3 ovos
  • 120 grs de açucar
  • 125 ml de mel
  • 80 ml de azeite
  • 200 ml de café forte morno
  • 1 Colher de sopa canela em pó
  • 370 grs de farinha com fermento

Preparação:

  1. Separar as gemas das claras, juntar o açúcar com as gemas e mexer até ficar uma pasta branca, juntar o mel.
  2. De seguida juntar o azeite e mexer delicadamente até o azeite estar todo absorvido na massa.
  3. Juntar a canela em pó, mexendo bem, de seguida juntar o café intercalado com a farinha, mexendo até estar uma massa homogénea e fofa.
  4. Bata as claras em castelo e junte delicadamente na massa.
  5. Untar uma forma com manteiga.
  6. Colocar no forno, já previamente aquecido, à temperatura de 180ºC, durante 35minutos. 
  7. Deixar no forno até estar cozido.

domingo, 21 de abril de 2019

Feliz Páscoa

Desejamos uma Feliz Páscoa, junto  da família e amigos.

Não se esqueçam de adoçar este dia com uma colher de mel.


terça-feira, 2 de abril de 2019

Trança de leite condensado e mel

Ingredientes:
  • 1kg de farinha de trigo peneirada
  • 2 colheres de sopa de mel
  • 1 xícara de chá de extrato de soja morno
  • 4 ovos
  • 1 lata de leite condensado
  • 1/2 xícara de chá de óleo
Preparação:
  1. Aqueça o fono a 180ºC.
  2. Mistura bem no extrato de soja o mel, os ovos, o leite condensado e óleo.
  3. Aos poucos vá adicionando a farinha de trigo e trabalhe a massa até ficar homogênea.
  4. Cubra-a com um pano para descansar e dobrar de tamanho.
  5. Amasse novamente e forme a trança.
  6. Coloque-a numa assadeira untada com óleo e leve ao forno durante 45 minutos ou até dourar.
  7. Ainda quente, regue com o leite condensado.



A.M.